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quinta-feira, novembro 22, 2007

Lee Anderson X Schelp

Saiu dia 14 no Comunique-se, mas eu só li hoje, por causa obviamente da minha crônica falta de tempo para outra coisa que não seja trabalho. Ainda me surpreendo com a Veja, seus repórteres e editores. A polêmica matéria sobre Che Guevara chegou ao topo da lição "o que não fazer no jornalismo" ou "como transformar um editor de internacional em um jornalista medíocre". Vejam a troca de farpas entre o biógrafo de Che e o cara que escreveu a matéria e tirem suas conclusões. A minha é só uma: eu teria, pelo menos, insistido para entrevistar Anderson. Todos sabemos que e-mail não é a melhor forma de entrevistar alguém. Se o cara não responde seu e-mail (embora acredite em Anderson, quando ele diz que respondeu), liga, pô. Deixa recado na secretária eletrônica, incomoda o cara, mas publicar reportagem de capa sem ouvir todas as partes e principalmente o maior biógrafo do personagem em questão é, no mínimo, um erro estúpido. E vindo de um jornalista experiente, imperdoável.

Biógrafo de Che Guevara critica matéria de Veja. Editor rebate

Do Comunique-se

Reportagem de Veja sobre Che Guevara - publicada na edição de 03/10 - teve parte de seus bastidores levada a público e transformada em crítica, o que motivou uma discussão entre um dos autores e um dos citados na matéria. Jon Lee Anderson, autor de “Che Guevara, uma Biografia” e jornalista da New Yorker, disse que o perfil é “texto opinativo disfarçado de jornalismo imparcial”. Anderson foi procurado por Diogo Schelp, editor de Internacional e um dos autores, durante a apuração. Disse que aceitou o pedido, mas não obteve retorno. Seu livro é citado como "a mais completa biografia de Che" e tem uma frase reproduzida. Após ler a matéria de Veja, Anderson enviou um e-mail para a revista e para outros jornalistas brasileiros no dia 23/10. Segue a íntegra do texto, em tradução publicada no blog de Pedro Doria na segunda-feira (12/11).

Caro Diogo,

Fiquei intrigado quando você não me procurou após eu responder seu email. Aí me passaram sua reportagem em Veja, que foi a mais parcial análise de uma figura política contemporânea que li em muito tempo. Foi justamente este tipo de reportagem hiper editorializada, ou uma hagiografia ou – como é o seu caso – uma demonização, que me fizeram escrever a biografia de Che. Tentei pôr pele e osso na figura super-mitificada de Che para compreender que tipo de pessoa ele foi. O que você escreveu foi um texto opinativo camuflado de jornalismo imparcial, coisa que evidentemente não é. Jornalismo honesto, pelos meus critérios, envolve fontes variadas e perspectivas múltiplas, uma tentativa de compreender a pessoa sobre quem se escreve no contexto em que viveu com o objetivo de educar seus leitores com ao menos um esforço de objetividade. O que você fez com Che é o equivalente a escrever sobre George W. Bush utilizando apenas o que lhe disseram Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad para sustentar seu ponto de vista. No fim das contas, estou feliz que você não tenha me entrevistado. Eu teria falado em boa fé imaginando, equivocadamente, que você se tratava de um jornalista sério, um companheiro de profissão honesto. Ao presumir isto, eu estaria errado. Esteja à vontade para publicar esta carta em Veja, se for seu desejo.

Cordialmente,
Jon Lee Anderson.

Resposta de Schelp
A resposta de Diogo Schelp foi publicada na quarta-feira (14/11) no blog de Reinaldo Azevedo, hospedado no site de Veja.

Caro Anderson,
Eu fiquei me perguntando, depois de lhe enviar um e-mail pedindo (educadamente) uma entrevista, por que nunca recebi uma resposta sua. Agora sei que a mensagem deve ter-se perdido devido a algum programa antispam ou por qualquer outra questão tecnológica. Também não recebi sua “carta” – talvez pelo mesmo problema. Tudo isso não tem a menor importância agora porque você resolveu o assunto valendo-se dos meios mais baixos – um e-mail circular. O que lhe fez pensar que tinha o direito de tornar pública nossa correspondência, incluindo a mensagem em que eu (educadamente) pedia uma entrevista? Isso, caro Anderson, é antiético. Vindo de alguém que se diz um jornalista, é surpreendente. Você pode não gostar da reportagem que escrevi; ela pode ser boa ou ruim, bem-escrita ou não, editorializada ou não – mas não foi feita com os métodos antiéticos que você usa. Eu respeito a relação entre jornalistas e fontes. Você não. E mais: parece-me agora que você é daquele tipo de jornalista que tem medo de fazer uma ligação telefônica (assim são os maus jornalistas), já que tem meu cartão de visita e conhece meu número de telefone. Se você tinha algo a dizer sobre a reportagem — e já que sua mensagem não estava chegando a seu destino — poderia ter me ligado.
Eu não sei que tipo de imagem de si mesmo você quer criar (ou proteger) negando os fatos que o seu próprio livro mostra, mas está claro agora que é a de alguém sem ética. Você pode ficar certo de que não aparecerá mais nas páginas desta revista.

Sem mais,
Diogo Schelp

A tréplica traduzida, do blog de Pedro Doria:

Prezado Diogo Schelp:
Agradeço pelo sua ‘gentil’ resposta. (Soube que você é de fato uma pessoa muito ‘gentileza’; você mesmo o disse duas vezes em suas mensagens.) Só agora percebo, o mal-entendido entre nós nasceu exclusivamente por conta de meu caráter profundamente falho. Eu jamais deveria ter presumido que você recebera meu email inicial em resposta ao seu ou minha segunda mensagem a respeito de sua reportagem, muito menos deveria ter considerado que você pudesse ter decidido ignorá-los. É evidente que você tem um sistema de bloqueio de spams muito rigoroso. Uma dica técnica: talvez devesse configurar seus sistema como ‘moderado’ e não ‘extremo’. Se o fizer, talvez comece a receber seus emails sem quaisquer problemas. Lembre-se, Diogo: moderado, não ‘extremo’. Esta é a chave.
Você me acusa de ser antiético, um ‘mau jornalista’. Questiona até se posso ser chamado de jornalista. Nossa, você TEM raiva, não tem?
Enquanto tento parar as gargalhadas, me permita dizer que, vindo de você, é elogio. Permita, também, recapitular por um momento a metodologia utilizada por você para distorcer as informações que o público de Veja recebeu:
Você publicou na capa e na reportagem uma grande quantidade de fotografias de Che, aproveitando-se assim da popularidade da imagem de Guevara para vender mais cópias de sua revista. Para preencher seu texto, você pinçou uma certa quantidade de referências previamente escritas sobre ele – incluindo a minha – para sustentar sua tese particular, qual seja, a de que o heroismo de Che não passa de uma construção marxista, como sugere seu título: ‘Che, a farsa do herói’.
Para chegar a uma conclusão assim arrasa-quarteirão, você também entrevistou, pelas minhas contas, sete pessoas. Uma delas era um antigo oponente de Che dos tempos da Bolívia. As outra seis, exilados cubanos anti-castristas, incluindo ex-prisioneiros políticos e veteranos de várias campanhas paramilitares para derrubar Fidel. (Um destes, o professor Jaime Suchlicki, você não informou a seus leitores, é pago pelo governo dos EUA para dirigir o assim chamado Projeto de Transição Cubana.) Percebi também que você prestou particular atenção no testemunho de Felix Rodriguez, ex-agente da CIA responsável pela operação que culminou na execução de Che. O fato de que você o destaca quer dizer que você o considera sua melhor testemunha? Ou terá sido porque ele foi o único que algum repórter realmente entrevistou pessoalmente? Os outros, parece, Veja só falou com eles por telefone. Mas como são rigorosos os critérios de reportagem de Veja!
Como disse em minha ‘carta aberta’ a você, escrever uma reportagem deste tipo usando este tipo de fonte é o equivlente a escrever um perfil de George W. Bush citando Mahmoud Ahmadinejad e Hugo Chávez. Em outras palavras, não é algo que deva ser levado a sério. É um exercício curioso, dá para fazer piada, mas NÃO é jornalismo. Dizer a seus leitores, como você diz na abertura da reportagem, que ‘Veja conversou com historiadores, biógrafos, ex-companheiros de Che no governo cubano’ passa a impressão de que você de fato fez o dever de casa, que estava oferecendo aos leitores um trabalho jornalístico bem apurado, que apresentaria algo novo. Infelizmente, a maior parte do que você escreveu é mera propaganda, um requentado de coisas que vêm sendo ditas e reditas, sem muitas provas, pela turma de oposição a Fidel em Miami nos últimos quarenta e tantos anos.
Minha questão não é política. Escrevi um livro, como você mesmo disse, que é ‘a mais completa biografia’ de Che. Há muito lá que pode ser utilizado para criticar Che, mas também há muitos aspectos a respeito de sua vida e personalidade que muitos consideram admiráveis. Em outras palavras, é um retrato por inteiro. Como sempre disse, escrevi a biografia para servir de antídoto aos inúmeros exercícios de propaganda que soterraram o verdadeiro Che numa pilha de hagiografias e demonizaçoes, caso de seu texto.
Não cometa o erro de me acusar de defender Che porque critico você. Serei claro: a questão aqui não é Che, é a qualidade do seu jornalismo. Sua reportagem, no fim das contas, é simplesmente ruim e me choca vê-la nas páginas de uma revista louvável como Veja. Seus leitores merecem mais do que isso e, se aparecerei ou não novamente nas páginas da revista enquanto você estiver por aí, não me preocupa. O que PREOCUPA é que, com tantos jornalistas brilhantes como há no Brasil, foi a você que Veja escolheu para ser ‘editor de internacional’.

Cordialmente,
Jon Lee Anderson.

quarta-feira, novembro 21, 2007

FINÍSSIMOS

Tantos shows legais em Brasília este ano... Não dá pra se queixar. Sábado eu e Renato fomos no show do LCD Soundsystem. Bom, eu não conhecia a banda, confesso. Ainda bem que tenho meu assessor para assuntos musicais. Adorei a banda e o vocalista é super gente boa. Foi no Marina Hall, um lugar grandão e com o maior banheiro a prova de filas que já vi. Não sei se tinha pouca gente ou se o lugar era grande demais... É, acho que tinha pouca gente. Bem, para comprovar a presença, tivemos direito até a uma badalação, com foto publicada no site Finíssimo. Casal hypado é assim. Te mete!

quinta-feira, novembro 01, 2007

Estalactite Estalagnite

Do guia de cidades do Terra

Otto


Dia 03/11 - Sab
Horário: 22h
Preço: R$15,00 (antecipado) e R$20,00 (na hora do show) - $

Arena Futebol Clube
Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES) - trecho 3

Fone: 3321-9401

O músico pernambucano se apresenta misturando ritmos brasileiros ao som de eletrônicos.

Maracatu com drum'n'bass, forró com rap são algumas das misturas que o ex-percussionista das bandas Mundo Livre S/A e Nação Zumbi traz em seu show.
O repertório traz grandes canções de sua autoria, entre elas, músicas do álbum Samba pra Burro.

Nascido na Zona na Mata pernambucana, Otto foi tentar a carreira de músico na França. O artista morou dois anos em Paris, onde passou esse tempo se apresentando no metrô da cidade.
O cantor lançou seu primeiro disco em 1998 e traz nesse show os sucessos da carreira, entre eles Amarelo, Anjos do Asfalto, Armadura e Bob.
Para completar o show, a banda Salve Jorge se apresenta interpretando músicas de Jorge Benjor.

 
   
   
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