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sexta-feira, junho 01, 2007MINHA NADA MOLE VIDA
É, tem sido bem difícil atualizar o blógui. Peço mil desculpas aos navegantes.
Estamos num período de transição aqui no Inep. Saída de diretora representa uma mudança que ainda não sabemos se será boa ou ruim. Enquanto isso, muito trabalho e fisioterapia todos os dias, porque as mesas e cadeiras do serviço público tem ergonometria zero. Mas ultimamente, nas raras horas de folga, tenho feito coisas bem interessantes. Assisti dois filmes que há uma semana, pelo menos, quero comentar: Eu, Você e Todos nós Uma tendência de uns cinco anos pra cá dos filmes estadunidenses - e da qual gosto muito, é verdade - é a de fazer filmes sobre pessoas comuns (mas não necessariamente normais), a vida, o cotidiano, os acontecimentos pelos quais quase todos passamos. Ninguém é mocinho, ninguém é malzinho, ninguém é herói ou anti-herói. São pessoas como eu, você e todos nós. Esse filme me tocou principalmente por isso. De perto ninguém é normal. Nem Robby, o menininho fofo. A história são várias. Um vendedor de sapatos separado, que fica alguns dias por semana com os dois filhos (umas figuras); uma artista plática maluquete que espera uma chance de expor seu trabalho; uma menina que tem por hobby comprar coisas para seu "enxoval" (detalhe: ela deve ter uns 10 anos de idade); um casal de idosos que começaram a viver a vida; etc. É divertido, é tocante, é uma lição de como aproveitar a vida, não perder tempo e mandar o mundo às favas. Ah, e de quanto as crianças de hoje estão independentes. Vale a pena. Outro filme bastante interessante dos últimos que assiti é um documentário: Tarnation Quando o Renato falou sobre o documentário, pensei: "ih, que coisa mais egocêntrica. O cara acha que sua vida é tão interessante que rende um documentário?" Mas, é sério, ela rende. E o cara é muiiiiito bom! A história também é boa. Jonathan Caouette, o diretor, produtor e ator principal do filme, tem uma família muito doida (o que é bem normal). Sua mãe, Renée Le Blanc sofre de esquizofrenia e ele é criado praticamente pelos avós. O filme na verdade parece uma homenagem a essa mãe. É um caso de complexo de Édipo, certamente. Mas o mais louco da história é que o cara gastou míseros U$ 400 para fazer o filme! E deve render uma grana. A montagem é fantástica, parece assim uma viagem de Daime. Ele fez imagens em todo tipo de mídia, película e com recursos diversos. São 19 anos de sua vida. Quer dizer, de alguma forma o cara já sabia, desde criança, que faria um filme, pois tem muito material, o que me impressionou muito. Momentos ímpares de uma vida emocionante, problemática, rica, pobre, tudo ao mesmo tempo. Caouette se ama. Isso é verdade. Mas a sua criatividade e talento para as câmeras (tanto na frente quanto atrás delas) é evidente. É imaginativo, transcedente, uma experiência que vale mais do que 50 anos de análise. Toca pela forma como ele tranformou acontecimentos tão tristes em algo bom. Recomendo enfaticamente! |
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